Pilou

Os cães distinguem-se dos humanos pela sua pele muito mais fina e, portanto, mais frágil: a pele dos cães é composta por 5 camadas de células córneas o que difere da pele humana que tem 9 destas camadas.

A outra diferença é o pH. A pele humana tem um pH ácido de aproximadamente 5,5. Os champôs humanos têm isso em conta e, portanto, também são, geralmente, ácidos. Pelo contrário, o pH da pele dos cães é bastante básico (entre 8 ou 8,5).

Os champôs humanos, mesmo os mais suaves, não respeitam o equilíbrio do pH da pele do cão e, consequentemente, não é aconselhável usá-los.
Mesmo usando um champô adaptado, é necessário evitar lavagens muito frequentes. Uma pele lavada com muita frequência torna-se muito frágil e sensível a eczemas. Uma ou duas lavagens por mês é a frequência máxima. Em caso de de um “acidente”, poderá sempre utilizar na zona em questão uma loção “sem enxaguar”.

Os champôs secos permitem “limpar” e perfumar o pelo sem molhar o animal nem submetê-lo a agentes detergentes agressivos.

O gato é um animal conhecido por ser bastante higiénico, e pode, em princípio, não necessitar de tomar banho. No entanto, em alguns casos, o banho é necessário (passeio enlameado, invasão de parasitas ou um infeliz acidente)! Partilhamos algumas dicas para não tornar o banho num desastre!

• Quanto mais cedo habituar o seu gato ao banho, melhor será para todos.
• É importante começar a exposição ao banho com um jogo, quando ele é apenas um gatinho e receptivo a novos entretenimentos. Assim, a água será considerada menos hostil para ele e o banho mais agradável.
• Escolher o momento certo para agir. Preterir um momento calmo e tranquilo será o preferível pois o gato estará mais receptivo.
• No momento anterior ao banho, tome as medidas de precaução necessárias e planeie tudo com antecedência, tal como num banho para um bébé.
• A temperatura da casa de banho deve estar entre 37º a 38º e se puderem estar duas pessoas, melhor. Prepare também a toalha que irá utilizar para secar o gato. Lembre-se de fechar bem a porta!
• Na hora do banho, você e o seu gato devem estar confortáveis. Dependendo do tamanho do animal de estimação, escolha a banheira ou o lavatório.
• O seu gato irá tentar “lutar”, por isso cuide das suas garras com a ajuda de uma toalha ou um tapete antiderrapante no fundo da banheira ou do lavatório.
• Se optar pelo banho com chuveiro, pode filtrar a água com uma luva para que o jacto seja menos agressivo sob o pelo do seu animal de estimação. Molhe o seu gato suavemente para evitar movimentos bruscos, coloque um champô adequado.
• Coloque o champô na sua mão, não diretamente nas costas do seu gato, e acaricie o seu animal para espalhar o champô e lave-o ao mesmo tempo.
• Evite o rosto (olhos e ouvidos). Existem lenços adaptados para essas áreas.
• Enxague o seu gato da mesma forma que o molha, suavemente.
• No final, seque-o, envolvendo-o numa toalha grande para absorver o máximo de água possível. Não utilize o secador de cabelo.
• Terminado o banho, o seu animal de estimação precisa de voltar a si. Deve deixá-lo terminar o banho.
• Deverá também recompensá-lo, ele não só apreciará como ficará com um sentimento positivo para a próxima vez.
• Mesmo com todas estas dicas há gatos que são de tal maneira avessos ao banho que se irão escapulir. Nestas situações, para ultrapassar o medo à casa de banho, pode optar por um grande lavatório cheio de água entre 37º a 38º fora de casa (jardim ou terraço). Neste caso a sua mão deverá actuar como chuveiro, normalmente é menos assustador. Garanta que no final do banho, o seu patudinho não está com frio, ou que ele não encurta o banho fugindo, ainda com espuma nas costas!

Os champôs secos, que conferem a mesma suavidade e limpeza que os champôs convencionais, evitam a ida à banheira.

Para a maior parte dos gatos, o banho não é uma obrigação. Excepto em alguns casos:

• Raças como a Sphynx, gatos sem pelo ou mesmo de pelo curto, têm pele que produz muito sebo e, portanto, requerem cuidados especiais.
• Outros gatos, com pelo mais comprido, sujam o seu traseiro nas funções diárias.
• Caso seu gato participe em shows, o pelo deve ser o mais sedoso possível, o champô de banho é a melhor maneira de o conseguir.

Contrariamente aos humanos, os cães e gatos possuem um canal auditivo em forma de “L”, o que promove o acumular de cera e pode causar infecções nos ouvidos. 

Não é necessário limpar as orelhas de um cão que não tenha problemas, pois isso poderá desequilibrar a flora bacteriana natural da orelha. Contudo, em caso de otite, é essencial poder limpar as orelhas do seu cão para tratar.

Para evitar que o cão associe a limpeza do ouvido a algo doloroso, o cão deverá ser treinado.

• O cão dever estar confortável ao ser manuseado. Se ele estiver reluctante, não insista e recomece o procedimento mais tarde.
• Procure realizar a limpeza sempre no mesmo local e nas mesmas condições (ex. na cozinha, no jardim, etc.). Assim criará um ritual, o que tornará o acto mais tranquilizador para o seu amigo de 4 patas.
• A sessão de limpeza não deve durar mais de 5 minutos, para evitar que ele perca a paciência.
• O ideal é fazê-lo sentar-se para que ele se mova menos. Comece tocando na orelha do seu animal, colocando o seu dedo sobre ela e removendo-o imediatamente. Se ele não se mover, recompense-o. De seguida, recomece, aumentando o tempo em que deixa o dedo sob a orelha. Assim que o animal achar normal segurar as orelhas, você poderá iniciar a limpeza.
• O pano que irá auxiliar a limpeza deve ser cuidadosamente escolhido. 
• Deixe o cão familiarizar-se com o frasco, deixando cheirá-lo. Isso tranquilizará o cão que perceberá que não é um objecto perigoso.
• Comece por simular a limpeza, aproximando o frasco do ouvido mas sem colocar nenhum produto para que o cão se possa acostumar a esse gesto.
• Recompense o seu cão com guloseimas após a limpeza! Assim ele associará este momento a uma situação positiva.
• Garanta a cooperação do animal. Não deverá repreendê-lo durante as sessões de treino.
• As palavras-chave são paciência e perseverança. Com a dor associada à otite, o seu cão ficará menos dócil. Lembre-se de treinar regularmente o seu animal. Se mesmo assim, o seu companheiro não permitir a limpeza, consulte o seu veterinário.  
• NUNCA use um cotonete! Não só poderá causar o entupimento do canal auditivo como o algodão irritá-lo.

• Uma vez que os gatos são animais menos cooperativos, poderão ser necessárias duas pessoas para proceder à limpeza dos seus ouvidos.
• Coloque o seu gato num local que seja tranquilo e confortável para ele.
• Segure-o para que ele não se mova. O objectivo será evitar que ele se mexa demais, para evitar que o magoe, inadvertidamente, durante a limpeza das orelhas.
• Durante a limpeza, segure a orelha do seu gato, insira o doseador do frasco e insira o líquido.
• Massaje suavemente a base da orelha por alguns segundos para dar tempo para o produto actuar.
• Solte a cabeça do seu gato. Ele irá balancear as orelhas para tentar extrair o produto. Limpe o líquido cheio de impurezas e limpe com um pano limpo.
• Deverá repetir a operação até que o líquido saia limpo.

Por forma a prevenir esta doença comum nos cães, a otite, deve-se, entre outras coisas, evitar deixar que o cão coloque a cabeça fora da janela ao transportá-lo de carro.

A lavagem dos ouvidos é um momento ideal para verificar a saúde auricular do seu animal de estimação.

Se os ouvidos lhe parecerem irritados, ou seja, se a pele estiver vermelha, a cera for abundante, ou que o seu animal coça frequentemente a orelha ou que inclina a cabeça, comece por realizar uma ou duas limpezas completas do canal auditivo.

Se os sintomas persistirem, ou a cera for purulenta, acinzentada (característica de ácaros da orelha), enegrecida ou se tiver um cheiro forte, não hesite em levar o seu animal ao veterinário, que prescreverá o tratamento adequado à condição em causa (otite infecciosa ou parasitária). 

A diferença entre a visão humana e canina está no espectro da visão. O cão dissocia muito menos cores do que o seu dono: limita-se a amarelo e azul. Situação idêntica ao daltonismo encontrado em 4% dos homens. Assim, os cães confundem vermelho com verde.

A retina do ser humano é composta por 3 cones, mas a dos cães é composta por 2 tipos de células que asseguram a transformação da luz em impulsos nervosos, os fotorreceptores:

• Os cones, responsáveis pela visão de cores e visão diurna;
• Os bastonetes, responsáveis pela visão noturna e visão periférica. Eles permitem ver com pouca luz em preto, branco e com tons de cinza

Ao longe, a visão de um cão é comparável à de um míope. É, em média, 6 vezes menor que a de um ser humano com boa visão.

Ao perto, a visão do cão é comparável uma pessoa com síndrome de “vista cansada” (presbiopia). Assim, um cão tem dificuldade em ver objectos a menos de 25 cm de distância.

Contudo o cão tem uma percepção de movimento que compensa amplamente as limitações abordadas anteriormente. A frequência de visão é maior: 50 imagens por segundo contra as 20 do olho humano. Isto explica a atração dos cãos para objectos em movimento!

Devido ao elevado número de batonetes, o animal canino tem uma visão periférica muito melhor! O seu campo visual também é determinado pela posição dos olhos. Os olhos estão posicionados mais na lateral que o dono, o que lhe confere uma visão panorâmica. O seu campo de visão total é cerca de 250º a 285º, dependendo da raça, contra os 180º dos humanos.

Apesar dos cães perceberem menos cores que nós, a sua visão noturna é muito melhor!

Os cães têm 5 vezes mais bastonetes que os humanos.

Descendente do lobo, o famoso caçador noturno, os cães são capazes de ver as presas em ambiente acidentado e apenas com a luz da lua.

Outro motivo, é porque que os cães têm uma pupila, maior que o seu humano, e que pode dilatar mais, deixando entrar mais luz. Também de notar, que a lente está mais próxima da retina, possibilitando obter uma imagem mais brilhante!

O cão tem, na parte posterior do olho, o “tapete reflectivo” que aumenta a quantidade de luz captada pela retina. Poderá observar este tapete, que corresponde à cor verde nas fotos tiradas com flash.

Os cães, tal como os humanos, também padecem de diversos distúrbios da visão.

Os mesmos podem existir desde nascença, aparecer após um incidente ou simplesmente aparecer com a idade. Por isso o dono tem de estar vigilante.

Apesar de existirem várias doenças oculares, a mais comum são as cataratas! Consiste numa opacificação do cristalino causando a sensação de um véu branco na frente do olho. Esta patologia ocorre gradualmente com a idade, mas pode ser precipitada por outras doenças. Como nos humanos, a cirurgia de remoção de lentes é realizada para restaurar a visão clara. As cataratas certamente reduzem a visão, mas para os cães as consequências não são as mesmas que para os humanos, pois para os cães o olfato é o sensor predominante.

Todos os problemas de visão são geralmente acompanhados pela diminuição da visão. Esta situação leva à mudança no comportamento do animal, por exemplo, tropeçar sobre si mesmo, ficar desconfortável perante escadas ou em lugares que desconhece; poderá tornar-se menos activo ou mesmo agressivo.

Caso observe alguma destas alterações, entre em contacto com o seu veterinário para que mais exames sejam efectuados.

Tal como no ser humano, os olhos dos cães são um órgão essencial e frágil que requerem manutenção regular. A limpeza da área dos olhos ajuda a prevenir irritações e infeções.

Fazer a limpeza regular dos olhos, permite, também, observar cuidadosamente o estado de saúde do seu amigo de 4 patas e prevenir uma possível doença.

Uma alternativa à loção de limpeza são as lágrimas protectoras de olhos. Contudo esta solução, faz com que o líquido se acumule no canto interno do olho e ao secar forma crostas. Não prestar atenção aos olhos do seu cão pode levar à descoloração do pêlo nesta área, ou até mesmo infecção.

A higiene periocular é especialmente importante em raças de focinho curto, como o Boxer, Pug, Bulldog, Cavalier King Charles, Chihuahua, etc.

Nesses cães, os ossos faciais deformados tornam as pálpebras menos eficazes na drenagem das lágrimas e da substância que cobre a córnea. Nos cães de focinhos mais longos, as lágrimas são drenadas para o canal lacrimal que se abre na cavidade nasal. Em cães de cara esmagada, as lágrimas “transbordam” o que causa estrias desagradáveis.

Para uma boa limpeza com a loção de limpeza utilize uma bola de algodão embebida numa solução adequada. A PILOU GREEN desenvolveu um tratamento específico para o contorno dos olhos à base de extratos de plantas para uma limpeza suave!

Deverá fazer movimentos suaves no sentido do canto interior ao focinho e do canto externo às têmporas.

Aproveite também para analisar a aparência do olho: pálpebras, cílios e cor dos olhos. 

Não coloque nenhum produto diretamente nos olhos sem a orientação de um profissional!